quinta-feira, 22 de abril de 2010

Não há mocinhos e não há bandidos nessa rua escura sem fim aparente.
Com as duas bordas de um mesmo elástico aprisiona-se a fala, a escuta e a vista.
Usando um arco de metal parte-se a cela em duas metades desiguais.
Não há ricos e não há pobres que não sucumbam ao solo sardônico do jardim da casa ao lado.
As bordas do copo de cristal ainda gritam ao roçar dos dedos levemente umedecidos.

Aos poucos crescem as asas e o ato de serrá-las deve ser feito com maior frequência.
Asas que não devem voar, asas que não podem ser expostas nessa dimensão.
E assim os cabelos crescem e fazem o contorno de todo o dorso imaculado.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Kagrra - Guilty

Araburu kanjyou ebisu no kanjyou
Inochi yori omoi zeni no kanjyou
Jigoku no sata mo kaneshidai yotte
Shindara oshimaisa

Kikazatta mouryou sukashita onryou
Nikui yatsu wa machite noroke
Tatoe iro ni oboreyou to mo
Shosen kono yo ha yume shibai

Kokoro wo mushibamareta mama
Shuuen no hi wo mukaeru no ka?
Umareta imi ga hoshii nara
Kagayake onore wo shinjite

Sono me wo sotte hirakeba sottou
Kidzukeba omae hora kaya no soto
Minikui buta ni kobi hetsuratte
Tsuyu wo nameru no sa

Okami ni wa geigou shakai ni mokutou
Yareru koto wa yaru tsukusedo
Mohaya kami mo oteagedatte
Hako no naka de nageiteru

Kokoro wo mushibamareta mama
Shuuen no hi wo mukaeru no ka?
Umareta imi ga hoshii nara
Kagayake onore wo shinjite

Kokoro wo mushibamareta mama
Shuuen no hi wo mukaeru no ka?
Umareta imi ga hoshii nara
Kagayake onore wo shinjite

Kono yo wa yamiyo kurayami yo
Shinjitsu wa uso ni nomareru
Sunawachi setsuna no inochi yo
Aragae yaiba to narite

sábado, 3 de abril de 2010

Fotógrafo

Hoje eu percebi algo simbólico, mas coerente.
Uma foto é muito mais que um registro, é uma memória.
Na verdade é uma memória do fotógrafo e não sua nem minha.
É uma memória real do fotógrafo e virtual nossa.
Uma foto não existe sem o fotógrafo.
O fotógrafo não existe na foto e poucos são os que notam esse detalhe.
Esse é o preço que ele paga para satisfazer o seu ego.
É o preço que paga por flagrar a essência das coisas do ângulo mais verdadeiro.
É o sacríficio que deve realizar sem receber nada em troca.
E há quem diga que durante a fotografia as almas são capturadas...
Pelo menos nesse caso o fotógrafo está definitivamente protegido.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Dia aqui

Nem faz Sol nem faz chuva, faz calor.
E eu só queria voltar àqueles dias de glória.