A tarde que não tinha Sol durava a eternidade. Queria descanso, mas o trivial contínuo o bania. O inesgotável lamento que pedia o fim das algemas nas pernas não conseguia ser superado e o pó das borboletas ficava acumulado na escrivaninha.
A inocência que devia ir embora. A chegada da Caipora. A infecção por catapora deixando suas marcas por alguns dias.
A essência da fermentação: o vinagre a dissipar-se pelos cômodos. Se fazia bem ou mal, não sabia. Naquele momento incomodava, trazia a desordem. Um caos, de repente, sem culpa.
Pungia a garganta. E os dias de escola? Kyoshitsunihaittemoiidesuka?
Cacos de um vaso negro perfuravam as pernas. A fumaça do cigarro matinal na varanda retardava os dias, mesmo que as flores lilás e brancas nascessem ali por perto.
Sei lá, sentimento de culpa, talvez. Só queria que ficasse tudo bem. Não é um cubo mágico por ser mais colorido e aleatório.
Memórias apagadas. Não agora.
E é por isso que não tem título esse texto.
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