quarta-feira, 10 de março de 2010

Sombra

Uma onda sonora violenta se encontra no centro do corpo.
Ondas circulares, emitidas a cada milissegundo em direção às periferias.
Seus dedos parecem estar anestesiados, frios, úmidos, insensíveis...
É uma mistura de estase incontrolável e êxtase contido.

A fusão de conteúdos e idéias provoca uma certa desorientação no espaço e no tempo.
As pessoas são vistas como marionetes com atos previsíveis, comuns, limitados...
Os dias passam mais rápidos, os ouvidos ensurdecem com o vácuo que há lá fora.
A luz amarela do ultra-violeta nível quinze queima, tortura os frágeis e revela a fragilidade dos homens perante a natureza.

Sejam vitórias ou derrotas, a mesma reação personalizada.
Gostaria de ver uma simbiose mística entre futuro, presente e passado...
Uma mistura homogênea entre a sua sombra e sua máscara etérea imutável.
Afinal, quem é você? Uma figura que vive morta ou simplesmente está morta para a vida?

Não há injustiça maior que negar a realidade dos fatos.
No final tudo dará certo, mesmo que pareça incerto ou você não queira que dê certo.
Não é necessário agradar a tudo e a todos para ser feliz.
E a sombra ocultamente repete seus passos sem que você perceba...

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