Queria saber, mas não sabia o que queria.
Por detrás de um pano gasto pelos anos se via dois quartos de uma casa vazia.
Era tão difícil manter tudo aquilo arrumado, cada copo em seu respectivo armário.
Entre dois potes velhos com bolachas de textura umedecida havia um terceiro pote ainda mais gasto.
Diante do espelho surgiam quatro seres bem diferentes.
O primeiro amava o solo e os bosques. O segundo preferia a chuva e os mares.
O terceiro figurava entre o Sol e o calor, enquanto o quarto cantarolava na brisa a ventania.
Poderia ser mais fácil escolher entre o escudo ou a espada em outra ocasião.
Há quem diga que a melhor arma nesse caso é ler um bom livro, consultar uma bússola ou simplesmente ouvir as palavras de um oráculo.
Na dúvida entre qual estrela aponta para a rota correta, siga o trajeto daquela que brilha mais intensamente.
Dois pés são o único eixo de um corpo envolto por mantos e mais vestimentas a cobrir a real aparência de um querubim inocente e sem rumo.
É o voto de minerva e o martelo bate na mesa. Xeque-mate.
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