quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Dia.gnóstico

Um pouco de ar depois da última chuva.
Entre metades incertas de corações vazios há doutrinas.
É como um pote cheio de água sob o reflexo da luz do Sol.
Marte já não está tão longe aos olhos.
Mais perto ainda está uma guerra de discos em Tron.
Só mais um sopro após aspirar o último cigarro aceso.

É tão fácil crer em verdades ditas por outrem.
Volta e meia e meia-volta em meio a diagnósticos.
Um dia assim, um dia para fazer comunhão.
Um dia para uma prece, para uma oração.
Só mais um dia, um dia de vida ou um dia em vão?

Aqueles cílios que insistem em desaparecer às sextas-feiras.
O ecstasy que promove o embalo do Melbourne Shuffle.
A dor da ressaca, a voz entalada e a ausência de pensamento.
Até que mais uma vez retorna o dia gnóstico ou seria agnóstico que esteve aqui ontem, anteontem, anteanteontem, anteanteanteontem, anteanteanteanteontem, eternamente.

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