segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Alucinação
Sabe, preciso confessar hoje algumas coisas que você não sabe, que acontecem quase todos os dias (e aparentemente somente comigo). Vejo um inseto negro caminhando rapidamente para os cantos de parede, que desaparece quando observo o lugar com mais atenção. Ouço uma voz que me persegue noite e dia, que some quando durmo e reaparece de repente quando estou desperto. Sinto que estou sendo observado, que há câmeras filmando as coisas no meu quarto e lá do espaço os astronautas americanos me observam com o ultra-zoom de seus satélites artificiais. Julgo não ter paz, um pensamento dissipando lentamente como o fogo a tostar o estoque de carvão. Entre loucos e sorrisos largos, meu raciocínio anda meio vago e minhas mãos tremem. Já não sei mais o que sou, o que fui e o que pretendo ser. Meio perdido, eu tento encontrar o que ainda há de real nesse meu mundo tão fantasioso. Minha realidade anda meio fragmentada demais entre a honestidade dura e crua e a utopia desvairada que desejo para mim, só pra mim. Mas isso tudo parece real demais para vir alguém que nem conheço e taxar de alucinação. O louco é você, seu maluco. Só peço que me deixe viver na minha solidão e crer nesses pensamentos bizarros de que o mundo é perfeito.
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