Afinal, sou eu quem está manipulando (a vida) ou será que estou sendo manipulado (por ela)?
Nos momentos de tensão é que percebemos que não somos mais quem fomos (e deixamos de ser).
Que não há como voltar atrás, nem como desconstruir por completo o que foi consolidado.
Não há mais noites com a TV ligada a iluminar o quarto com vários tons a cada instante.
Não existe mais o som noturno do grilo que não pode ser ouvido ao chegar nos cinquenta.
Persistem algumas perguntas repetidas, mal respondidas, trazendo filmes (flashbacks) do passado.
Ainda se ouvem certos ruídos triviais (olha o trem das onze horas...), entretanto se faz uma leitura diferente, mais racional.
É preciso reconstruir, resgatar alguns valores e descartar certos temores.
Viver é sutil (e isso não quer dizer que seja fácil).
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