Através de eufemismos, paradoxos e metáforas segue-se um caminho nebuloso.
Não dá tempo de parar e observar sempre o que está havendo de certo ou errado.
E esses dias passam meio assim: em branco.
Desconfia-se que alguma parcela de vida fica ali, diluída nas relações do meio.
No amparo, na dor, no que deveria ter feito, no que não deveria ter sido.
E então aparecem os sintomas.
Na mesa ficam resquícios do pão consumido na refeição matinal de alguns dias.
No chão os fios de cabelo de outrora que passam a ser desnecessários.
No ar uma mistura de odores doces de hoje com perfumes secos do passado.
E todos os indícios contam uma história.
Apesar de nada disso e muito mais não ficar por escrito.
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