quarta-feira, 17 de maio de 2017

Esteira

Sabe quando a alma parece sair do centro, chacoalhando estruturas orgânicas com vida...
Um fragmento de artefato sólido a fugir pelo canto da boca, atingindo estruturas vitais.
Socos e pontapés de uma manifestação autoral, mas não autorizada por leis.
Inércia que dispara contra si mesma, gerando uma organização nova: caótica?
Mil pernas a andar e mil línguas a falar, duas mãos para tapar os olhos, a boca e os ouvidos.
Como uma bolha englobando gases numa película fina e frágil, arriscando estourar.
Funcionamento por engrenagens, mecânica complexa de reparar com utensílios convencionais.
Se um feixe de energia atinge uma superfície reflexiva, isso é divisão, soma ou outra operação matemática?
Céu nublado é entidade bélica, se não chove ameaça, se sim, chove, atormenta a marcha.
Percepções errôneas sobre um fim da linha, escuro, frio e solitário. Há fim mais distante!
Detalhe oculto do marcador de tempo, correr na esteira é mais estático do que dinâmico.
A largada pode ser partida e a partida pode ser largada, looping infinito.

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