Queria poder voltar para os sorrisos de outrora.
Um pressentimento, um aperto no peito bem desconfortável.
Sonhando acordado um passado que ainda é presente.
Como disparos que atravessam uma porta de metal, plástico e vidro.
Corpo que encolhe na sua conscienciosidade para proteger a matéria orgânica.
Sem direito a reciclagem ou separação em cestos coloridos.
Um sentimento de fuga, do pensamento para o momento real.
Uma onda sonora que assusta as aves mundanas em dispersão.
Olhos e ouvidos curiosos atraídos pelo cheiro prazeroso do medo alheio.
É tensão, ansiedade. É chorar muito proferindo umas poucas palavras.
São perguntas não respondidas, frases não ditas.
Afetos doces que não foram, mas voltaram amargos ou azedaram em si.
Enfim o fim sutil do livro que traz morte.
Hoje seria amanhã no ontem.
E hoje será ontem no amanhã.
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