Eu havia descoberto um segredo de alguém quando um vulto tentou apagar minha memória com um flash de luz. Uma pessoa teria me passado o segredo antes de ser atingida por um dos raios de luz e ter os captado por seus olhos. Essa pessoa agora não lembrava de nenhum dos seus últimos minutos de vida e ainda tentava me prender naquele lugar. Fechei meus olhos e corri. O fantasma (ou o ser que fosse) tentou me seguir, disparando vários raios luminosos em minha direção quando pulei pela janela daquela espécie de apartamento escuro e sombrio. Era noite e a altura era de cerca de oito andares. Felizmente ao cair no pátio externo do edifício não quebrei nenhum osso e pude continuar a correr sem rumo, protegendo aquele segredo que naquele momento eu ainda sabia. O vulto continuava a me perseguir, sentia a presença, porém não o via. Se meus olhos captassem a luz daquele flash eu perderia a memória instantaneamente e o segredo (provavelmente algo prejudicial ao vulto) estaria novamente em posse exclusiva dele. Tentei transformar em palavras o mistério comprometedor e enviá-lo via celular para meu e-mail, para que caso o vulto me capturasse, eu poderia recuperar o segredo em outro momento. Infelizmente, as palavras me faltavam, não sabia como explicar aquele segredo de forma que um completo leigo pudesse compreendê-lo. Era algo complexo de mais para ser explicado em poucas palavras e o vulto continuava a me perseguir incessantemente, disparando flashs e mais flashs em todas as direções, esperando meu descuido, uma simples abertura de olhos para que tudo desaparecesse nas trevas.
Não lembro em que momento acordei do sonho. Tentei recordar: o que seria o tal segredo? Quem estava me seguindo em busca do seu segredo? Será que conseguiram disparar o raio de luz em meus olhos e apagar minha memória?
O sonho é uma proteção de tela cerebral? Por que ao acordar de um sonho esquecemos quase tudo que sonhamos?
Eu bem que deveria ter anotado o segredo na madrugada...
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