terça-feira, 28 de outubro de 2008

Na cadeira

O crime havia acontecido.
Havia escutado o suspeito dizendo: "Estou indo à casa da minha irmã".
A polícia me convocou para depor.
- Você ouviu alguma coisa que possa nos ajudar?
- Eu apenas o vi entrando em um taxi e dizendo ao taxista, após ser questionado, que iria para a casa de sua irmã.
- Entendo, mas já consultamos a irmã do suspeito e ele não foi à casa dela nesse dia.
- Pode ser precipitado o que vou dizer, mas no instante em que ele disse ao motorista do taxi que iria à casa da irmã passaram-se duas idéias na minha cabeça. Ou ele seria inocente demais para dar informações a um desconhecido ou ele queria que eu escutasse ele dizendo que iria à casa da irmã para que no momento do crime ele tivesse um álibe. Quem sabe o taxista também não está envolvido?

domingo, 26 de outubro de 2008

Espantalho na plantação

A luz branca corria pela estrada e o seguia em silêncio.
A estaca que segurava o espantalho estava ligeiramente fragilizada.
Enquanto uns sonhavam, outros não conseguiam sequer dormir. Não era insônia nem cansaço. Não era necessariamente o corpo em bagaço. Talvez fosse apenas um capricho do destino.
O espantalho envelhecia no Sol e na chuva. Não assustava mais nenhuma ave intrusa que ousadamente consumia o trigo em vez do joio.
Estava quase que completamente coberto pelas plantas. Perdia lentamente sua utilidade, sua lembrança e seu fôlego. O verde lentamente afogava sua palha queimada.
As idéias se perdiam na escuridão. A consciência do espantalho mudo desaparecia naquele instante noturno. As raízes das ervas daninhas invadim seu alicerce principal. Os fungos absorviam sua umidade e seu calor, manchando todo o seu corpo.
E assim, quem um dia espantava, agora era espantado.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Isso não foi intencional.
Começo a achar que as coisas não são por acaso.
"Não existem coincidências, existe apenas o inevitável" como profetizava Yuuko em seu hitsuzen.

Endeavour

Power down the speed to increase the attack.
Try to reach the sky, walk on the rainbow, try to find the pot full of gold.
Carefully, choose the right color before it turn white. Choose the right way. Choose the best option.
Mesmerizing yourself... The comet is going to hit strong.
Blazing, knocking, crying, lying.
Desire. Deny. Dust. Dry. Doom.
Foolish puppets deserve the garbage basket.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Hérnias inguinais ao molho rosé

Ingredientes:
2 hérnias inguinais (preferencialmente indiretas - com todas as fáscias espermáticas externas, cremastéricas, espermáticas internas, músculo cremaster e peritônio com uma alça bem gordinha de intestino delgado);
2 colheres de sopa de catchup;
1 colher de sopa de mostarda;
1 colher de sopa de limão;
Molho inglês a gosto;
200g de maionese light.

Modo de Preparo:
Refoge as hérnias numa frigideira com alho e óleo de sua preferência;
Numa tigela, misture todos os demais ingredientes e bata por dois minutos até formar um creme liso e homogêneo;
Adicione as hérnias refogadas ao creme em um recipiente fundo;
Sirva com qualquer tipo de salada.


Comentários:
- Eu já tinha feito antes, mas sem o molho inglês... Ficou uma delícia! Melhor ainda se acrescentar 1 colher de sopa de queijo ralado!
- Essa receita é simplesmente uma delícia! O molho shoyo deixa com um gostinho especial.
- Nossa muito fácil, amei! Realmente com shoyo...!

Esse foi o cúmulo das aulas de Anatomia... Ou seriam alusões ao canibalismo desvairado? ¬¬
Só sei que eu não experimentaria dessa receita em sã consciência. =P

Referência bibliográfica: http://tudogostoso.uol.com.br/receita/2151-molho-rose.html

Mais um non-sense

As estátuas no jardim estão viradas para a Lua.
O balanço solitário balança ao vento frio.
Gotas d'água caem profusamente do céu noturno.
Fugaz e rubro é o perfume da rosa.
Melodias surdas e mudas da noite cantam o amor febrio.
Nuvens dissipando-se no girar da Terra.
É a gangorra da vida oscilando sempre e sempre.

domingo, 19 de outubro de 2008

Frase solta

Vi isso pela manhã em um canal de Portugal que tem na NET, acho que é o 86.
"De que parte da vaca se faz o bife de atum?"

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Field to Tomorrow, música de Lunar 2

A melhor música de Lunar 2: Eternal Blue na minha opinião.
Muitos altos e baixos na melodia.

Field to Tomorrow

Quotidiano com "Q"

O gosto cítrico é laranja? Limão?
Cai da cadeira em cima da mesa.
Da tempestade impetuosa dentro do copo saem gotículas que respingam na toalha de renda.
Esse prato de vidro não quebra não?
Quantos vasos sanitários tem na sua casa?
Queria ter deixado o guardanapo do jeito que havia recebido. Branco. Limpo.
"Batatinhas quando nascem se esparramam pelo chão".
E as cebolinhas? Fazem o quê? Provocam o choro?
Esquenta os vegetais na panela de pressão. Fica mais saboroso.
Água, só natural. Gelada de geladeira faz mal para a garganta.
Junk food in my kitchen, teasing me.
Descasca logo essas batatas!
E arranja estômago para engolir essa gororoba!
Muitas formigas mortas e muitas outras vivas subindo pelas paredes.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A garota na praia vazia

Desenho feito em 2005.
Meio esquisito talvez. Tentou representar o bucolismo e a fugacidade do tempo.

A garota na praia vazia

Circo da Babilônia

Senhoras e senhores, o espetáculo irá começar.
Preparem suas mentes e sentidos, seus olhos e ouvidos, pois o show será de horror.
Teremos víbora lunática, teremos gambá sorumbático e um pote de magia negra.
Para completar, uma montanha arcaica de areia movediça com um cacto implantado.
Estejam preparados, será inesquecível.
Terá olho em umbigo, línguas saltitantes e uma diversidade incrível de ervas daninhas.
Palmas, palmas, palmas, por favor!
Nossos artistas merecem todo o louvor, porque são mais que genuínos.
Palmas e mais palmas, que cheguem também as almas mudas para a mágica.
Lesmas flutuando pelo ar fazendo piruetas e mais palhaçadas.
As aranhas venenosas preparando suas teias para o número de equilibrismo.
Palmas e palmadas, malabarismos de estacas, taças de vidro e metralhadoras.
E que o terror da apresentação seja satisfatório para quem nunca viu antes.
Para os que já conhecem, que seja inusitado, engraçado, desafiador.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

AMV de Full Metal Alchemist

Um dia eu assisto o anime por completo.
Por enquanto fico com esse AMV muito do legal.

Música: Phenomenon
Artista: Thousand Foot Krutch

Contraste

Criança jazia...
Tem sede, tem fome!
Criança que come
Tem muita energia.

Escola sem aula
Mais procriação
Mais gente na jaula
Maior confusão.

A Terra implora
Ajudem-me já!
Espera, senhora!
Agora não dá.

Pessoas honestas
Vamos lutar!
Mentes funestas,
Contra-atacar!

Chega de contraste
Entre o justo e o traste

O mundo precisa é se ajudar.

domingo, 12 de outubro de 2008

18 sai

Mais um ano de vida, mais uma vela que será apagada! =D

sábado, 11 de outubro de 2008

Oceano pacífico

Ondas vão, ondas vêm.
Sonhos são idealizados,
Pensamentos refletidos.
Crianças dormem à luz da Lua,
Enquanto o mundo gira sem descansar.

Seria possível,
Uma boa maré
Que cobrisse toda a sujeira
E lacrasse a lama do mundo
No fundo do mar?

Uma onda caridosa
Capaz de trazer a paz afogada
De volta para a terra segura.

Navegar não é simples.
Precisa-se conhecer a língua das estrelas.
Saber que a vida é efêmera.
E que as tempestades podem
Acontecer a qualquer instante.

As ondas vão e vêm.
Limpam as impurezas da Terra.
Entretanto,
O grandioso tesouro das águas
Permanece no fundo do mar,
Pacificamente, esperando

Que venham lhe resgatar.

Guarda-praia na chuva

Chuvisco na praia naquela manhã ensolarada.
O guarda-chuva aberto, fixo na areia molhada, fazia sombra.
A brisa marítima cheirava a ferrugem.
As nuvens gorduchas cobriam o Sol.

A onda veio e... TCHBUM!

Praia no Sol naquele chuvisco matutino.
A chuva fixa molhava a areia guardada aberta na sombra.
O ferro marinho tinha cheiro de brisa.
As gorduchas comiam nuvens a sós.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Subitamente

No escuro do quarto: um alerta!
Que desgraça, esqueceu a porta aberta!
Eles estão invadindo sua casa.
Vieram com tesouras para cortar a sua asa.
Em instantes o mundo vai descobrir a sua farsa.
O povo irá notar a sua extrema falta de graça.
Todos saberão que você também comete enganos.
Seus medos e angustias sairão de trás dos panos.
A encenação medíocre e bela passará a ser vaiada.
O fantasma da sua sombra chamar-se-á alma penada.
Na angústia interior buscará novo perdão.
Não se aflija tanto não.
Sempre haverá alguém disposto a te oferecer proteção.

Novas imagens de "Mortal Kombat vs. DC Universe"

http://jogos.uol.com.br/xbox360/galerias/mkvsdcuniverse.jhtm?gFoto=66

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Meio desprotegido

Uma dor aguda.
Uma dor que não se sente.
Uma dor inconsciente.

Azulejos brancos deprimidos.
Olhos negros e sofridos.
Pomadas, frascos, comprimidos.

É ali que nós vivemos.
É ali que nos cuidamos.
É dali que nós gostamos.

Pena

O som das folhas secas carregadas pelo vento anunciava a proximidade do inverno. Ele estava sempre sozinho em seu quarto concentrado nos estudos. Era interrompido somente por sua avó que anunciava o horário das refeições. Era órfão, praticamente não tinha amigos. Sua família era simplesmente a avó materna.
Suspirou, abriu os olhos. Para onde ela teria ido? O sonho se tornara um pesadelo... Ou seria o contrário? Em sua cabeça dançavam pensamentos, sentimentos e sensações em completa desordem. Ele sentiu pela primeira vez o doce aroma dos pêssegos maduros.
Ergueu-se e apreciou a noite que o cercava. O céu estava claro, quase branco como a neve. Ele não sabia exatamente quais reações bioquímicas estavam ocorrendo em seu interior. Sem perceber, questionou se a ciência poderia definir o que ele estava sentindo. A estranha coloração da noite branda misturou-se com a íris escura de seus olhos. Isso fez ele ver além, perceber um esplêndido mundo novo.
Finalmente voltou a si. Ouviu o som das folhas secas, o frágil canto dos passarinhos e a melodia do vento atravessando uma fresta da janela. Sentiu palavras borbulharem de sua boca como se algo emergisse das profundezas de sua alma. Afinal, o que era a alma? Não sabia definir. O conhecimento da ciência jamais iria responder a essa pergunta.
A barreira havia sido quebrada. O garoto, já homem, ganhava asas e partia para o desconhecido. Deixava uma de suas penas nesse livro. A pena com suas memórias.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

R-espirr-ar

O ar respirado deixando manchas pegajosas nas profundezas do poço escuro.
Que complicação é ter necessidade de respirar esse ar industrial e contaminado.
Seria bom se pudéssemos selecionar cada uma das moléculas de oxigênio que são absorvidas por nossos pulmões.
Se pudéssemos ao menos separar o ar limpo do ruim...
O jeito é inalar de tudo que nos cerca. Seja perfume ou poeira, seja ar puro ou sujeira.
Se tu não respiras, tu não vives de verdade.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Mais uma "mandala"

Mais uma "mandala" criada aleatoriamente.
Chamei-a primeiramente de coração de La Place (não sei o porquê).
Em seguida chamei de coração de Lavoisier, lembrando da célebre frase: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".
Acho que meu inconsciente buscava alguma denominação em espanhol.
Por fim preferi chamar de:

Corazon desperado

Felicidade

Conto baseado na história de vida de José Filipe Nogueira da Silva, o qual conheci em um vídeo divulgado numa palestra sobre transplantes de órgãos.

Balbuciava palavras e não recebia respostas. A visão parecia lentamente debilitada. Talvez ele estivesse necessitando de mim a partir daquele momento. Não queria partir deixando os amigos que se esforçaram tanto por mim, pela manutenção da minha frágil vida. Entretanto, já era hora. As minhas asas já estavam completamente erguidas e tudo se tornava claro, ofuscava meus sentidos.

A vida no hospital, inicialmente, foi bastante difícil. Remédios, macas, máscaras, seringas, tudo isso me assustava muito. A dor e o sofrimento das pessoas prostradas em camas, muitas sem nenhuma reação, me fazia esquecer as dimensões do meu problema.
Desde que nasci, meus pais foram informados da anomalia em meu pequeno coração. Os médicos sugeriram uma operação naquele mesmo instante, pois a tendência do problema era se tornar mais complicado com o decorrer dos anos. Receosos por mim, com medo de perder o único filho que acabara de nascer, meus pais hesitaram. Um médico, então, passou a acompanhar o meu desenvolvimento.
A noite foi mais longa naquele dia. Simplesmente dormi e não consegui acordar a tempo de ver a aurora dar cor ao mundo. Foi a primeira crise, o aviso do meu corpo de que não poderia suportar aquela situação. Acordei em uma cama de hospital rodeado por médicos e enfermeiros. A operação havia sido bem sucedida, por isso meus pais pareciam felizes. Eu também sentia felicidade, mesmo sem entender muito bem o que estava acontecendo naquele dia. Passei algumas semanas tomando medicamentos e dormindo.
Enquanto me recuperava no hospital, fiz alguns bons amigos. Minha mãe passava todo o tempo comigo, contando histórias, lendo livros, trazendo minhas refeições. Eu gostava de conversar com as pessoas, com outros pacientes. Gostava de poder guardar dentro de mim um pouco da essência dos outros, que viviam dores e problemas tão grandes ou até maiores que o meu sem desanimar.
Numa quarta-feira tive alta e pude voltar para o conforto da minha casa. Não gostava das quartas-feiras, por serem o meio da semana, todavia aquela me fez mudar de idéia. Pude aproveitar mais dias daquela semana graças a ela.
Os anos corriam. Passei a freqüentar uma escola, fiz muitos amigos. Lia muitos livros, sonhava com um mundo paradisíaco. Sofri um pouco ao descobrir que no mundo existem tantos problemas. A fome, a violência, a ganância... Continuava a visitar o hospital uma ou duas vezes por mês. Mal sabia eu que algo demasiadamente grave acontecia.
Mesmo envelhecendo, meu corpo permanecia pequeno, magro, frágil... Minhas pernas eram lentas e curtas e minha respiração era bem difícil. Não gostava de parar para pensar nessa minha condição. Preferia sorrir e seguir em frente, mesmo vagarosamente. Eu era feliz, gostava de saber que tive a oportunidade de viver, de cativar pessoas fantásticas, ter a chance de conhecer tudo e todos que conheci.
Eu queria sorrisos nas pessoas, não queria que sentissem pena pela minha saúde. Fazia o que estava ao meu alcance para melhorar alguma coisa no mundo.
Crises, crises, crises... Meu coração parou. A solução era um transplante.
O hospital, depois dessa triste seqüência periódica, tornou-se o meu novo lar. Máquinas faziam o trabalho do meu coração que já estava fraco, desanimado, quase sem vida. Passei anos na fila de espera por um novo coração, sem nunca desanimar. Eu tinha fé e sabia que conseguiria um novo coração. Nesse tempo escrevi bastante. Escrevi cartas para órgãos públicos, pedindo que melhorassem o atendimento dos hospitais. A vivência no hospital me mostrou o quanto era doloroso para milhares de pessoas esperar por uma consulta.
Meu corpo já estava muito debilitado quando meu novo coração apareceu.
O médico foi direto e afirmou que eu teria mínimas chances de sobrevivência mesmo após o transplante. O corpo já estava muito debilitado, outros órgãos já estavam desfalecendo. Meus pais sofriam, não queriam me perder. Eu estava feliz, tinha confiança. Vivi até ali e faria aquela cirurgia apesar das pequenas chances de sucesso.
Logo antes da cirurgia do transplante, abracei meus pais e pedi para que não ficassem tristes com o que viesse a acontecer. Disse o quanto eu os amava, que a felicidade que eles me proporcionaram era inesgotável e que estaria sempre com eles.
O coração cansado pode descansar finalmente. O novo coração, que eu não sabia de quem havia sido, queria se unir a mim. Era triste saber que alguém tivesse que morrer para salvar minha vida, por isso rezava muito pela pessoa que me salvava e agradecia a Deus.
Na sala de cirurgia, consegui sucesso no transplante. O coração era forte e fazia meu corpo ganhar vitalidade. O coração pulsava valente, todavia outros órgãos demonstravam...
A minha felicidade tornou-se luz. E foi nesse instante que ganhei asas...

“Enquanto eu pensava que a felicidade estava tão longe, que era tão difícil de encontrar, ela estava o tempo inteiro dentro de mim, ao meu redor; foi preciso apenas conversar comigo mesmo, abrir as portas do meu coração e deixá-la entrar”.
José Filipe Nogueira da Silva

domingo, 5 de outubro de 2008

Comentário desprezível

Afazeres? Muitos.
Vontade para fazê-los? Nenhuma, ou melhor, quase nenhuma.

Fome

Plantação, ilusão.
Prisão, solidão.
Coração, salvação.
Votação, destruição.

Comida, bebida.
Vida vendida.
Querida esquecida,
Ferida, detida.

Demência, violência.
Inocência, displicência.
Valência, delinqüência.

Negação, pão, desnutrição.
Criação, tentação, violação.
Explosão, confusão, oração.

Brasil

Verde, azul, amarelo?
Fome, seca, flagelo!
Futebol, eleição?
Violência, Mensalão!

Saúde, educação...
Sanguessugas têm coração?
Segurança. Polícia?
Fogo no pai de família.

Senhoras e senhores,
Índio, branco, negro
Cadê o respeito?

Brasil,
Ordem e progresso?
Que seja um sucesso.

sábado, 4 de outubro de 2008

Avatar dos Simpsons, o filme

Acho que não dava para ficar mais parecido comigo... =D

Trailer de Dragonball, o filme

Não tinha como ser menos estranho...

Frases soltas

"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."
''O que eu faço, é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor."
Madre Teresa de Calcutá

A gente lagartixa

Na garagem havia uma caixa.
Na caixa morava uma lagartixa.
A lagartixa tinha medo da gente.
A gente tinha medo da lagartixa.

Um dia a lagartixa saiu da caixa.
Um dia a gente jogou a caixa no lixo.
A lagartixa ficou desabrigada no frio.
A gente foi para casa sem remorso.

A lagartixa sumiu, foi embora.
A gente ficou na mesmice.
A garagem vazia, sem caixa.
A lagartixa provavelmente sem casa.

Pobre lagartixa, não há como competir com os homens e seu poder de outorgar as coisas.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O salto

Quando vi aquela cena pela primeira vez, senti uma sensação bastante esquisita. Era uma mistura de lembranças felizes com raiva, dor, ignorância.
Ela casara sem se importar com os pequenos defeitos do companheiro. Ele sempre metódico, organizado, responsável, e ela justamente o oposto. Casaram após dois anos de namoro na mesma igreja que os pais dela haviam casado. Estavam muito felizes, ela realizava um sonho. A cerimônia foi bela, a lua-de-mel seria uma semana na Nova Zelândia.
Os dois foram morar em um apartamento amplo, ela queria ter muitos filhos, planejava isso muitos anos antes de conhecer aquele que seria seu marido. A vida deles ia prosseguindo feliz e apaixonada, um sempre apoiando o outro nas dificuldades, até que algo mudasse na vida de ambos.
O amor tornou-se carinho. O carinho passou a ser simplesmente obrigação. Ele não aceitava mais ouvir as opiniões dela. Ela estava desfazendo toda a ordem da vida dele. Então os gritos começaram a soar nas noites cada vez mais nefastas.
Ele, covardemente, passou a feri-la. Palavras doces nunca mais foram ouvidas. Ela começou a ser ignorada, depois xingada. Até que ele partiu para a agressão física. As lágrimas desciam dos olhos dela, não por causa da dor física, mas por amar aquele homem mais do a que si própria.
As feridas foram aumentando progressivamente. Ele passou a beber e ela a tentar agradar, trazer aquele homem do passado para o presente. Entretanto, os desejos dela não puderam ser realizados. O marido havia esquecido o seu rosto. Ele havia se tornado um estranho e nada faria ele voltar para ela.
E, assim, com um salto ela separou o amor do sofrimento.

Corpse

A vela se apagava lentamente. Obstinado, sorria na escuridão fétida enquanto os grilos emitiam sons repetitivos. A poeira miserável carregada pelos ventos fortes do inverno traziam consigo um cobertor de soberba.
Ao Sol, o corpo mostrava a verdadeira forma: um defunto, podre casca e miolo. A magia que emanava de suas entranhas era nefasta o suficiente para atrair uma dúzia de hienas famintas. Seus pés machucavam a terra e desidratavam as plantas, das folhas às raizes. O cosmo das suas idéias buscavam a validação de um abismo com profundidade infinita.
Causando desgraça a si, fazia o bem ou o mal?

Fobia de um alienígena

Estava cansado daqueles sorrisos sínicos. Percebia que os olhares estavam direcionados a mim, mas só extraiam o que há de mais superficial em minha aparência. Os olhos eram todos vazios, sem nenhum tipo de sentimento. As bocas falavam aquilo que agradava, mesmo que fosse a maior das mentiras. Sorrisos que objetivavam exibir dentes brancos, perfeitos na forma, mas cariados por dentro. As orelhas eram sempre atentas, captando todos e quaisquer sopros e ruídos. A vida ali era medíocre.
O crepúsculo anunciava o fim daquele instante de agonia. O instinto de sobrevivência (ou não) dos humanos fazia todos parecerem cruéis. A malícia e maldade havia se apoderado daquela cidade funesta. Era como se o Sol sentisse alívio ao partir daquelas terras, pois sua luz já não iluminava muita coisa por ali. A sombra era mais intensa e mais escura que as negras penas do abutre carniceiro.

Título original: Uma brisa, uma luz (ou um sonho?)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Mais "mandalas"

Mais uma "mandala" em duas versões.

Chafariz da rósea Terra


Chafariz de Montevideu

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Mistério da bala resolvido

プロポリス (puroporisu) = própolis.
のど (nodo) = garganta.
あめ (ame) = bala.
のどあめ (nodo ame) = bala para garganta.
プロポリス のどあめ (puroporisu nodo ame) = bala de própolis para garganta.

Pelo gosto não deu para identificar que era própolis...

O mistério da bala japonesa

プロポリス
のどあめ
Kasugai

Um dia ainda descubro o sabor dessa bala...

"Mandalas"

Algumas "mandalas" que fiz, modificadas sem nenhuma qualificação no Adobe Photoshop 7.0.

Anjo peão


Meu boulevard